Qual tratamento para endometriose?

O tratamento medicamentoso da endometriose é realizado de acordo com a gravidade dos sintomas, a extensão e localização dos implantes endometriais, o desejo de engravidar e a faixa etária da paciente, podendo ser medicamentoso, cirúrgico ou ainda a combinação de ambos (MS - PORTARIA Nº 879, de 12.07.2016).
Os medicamentos hormonais são benéficos na redução da dor atribuída à endometriose, concentram-se na manipulação hormonal com a intenção de induzir a pseudogravidez, pseudomenopausa ou anovulação crônica, criando um ambiente inadequado para o crescimento e manutenção dos implantes de endometriose (MS - PEDIDO Nº 879, 07/ 12/2016). Porém, para o controle adequado da endometriose, estudos apontam a necessidade de uma intervenção multidisciplinar por parte de fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e médicos.
O tratamento fisioterapêutico ajuda a aliviar a dor pélvica melhorando o funcionamento dos músculos pélvicos e é considerado um tratamento não farmacológico de primeira linha para distúrbios pélvicos dolorosos (GRINBERG, et al., 2019).
Em um estudo piloto que realizou manipulação visceral osteopática em mulheres com endometriose, verificou-se que de 14 mulheres com endometriose submetidas à manipulação visceral, 10 melhoraram em termos de espasmo muscular do assoalho pélvico e dor pélvica (SILLEM et al., 2016).
Também foi observado em um ensaio clínico randomizado que utilizou estimulação elétrica nervosa transcutânea em mulheres com endometriose, redução da dor pélvica, melhora da lubrificação e dispareunia profunda em comparação a um grupo controle que utilizou apenas tratamento hormonal (MIRA et al., 2020) . Dito isto, deve-se notar que a fisioterapia pode desempenhar um papel fundamental no tratamento da endometriose.